segunda-feira, 26 de agosto de 2013

4ºMA: A POPULAÇÃO GALINÁCIA DE LEONARDO BOFF


      Leonardo Boff ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1959 e foi ordenado sacerdote em 1964. Em 1970, doutorou-se em Filosofia e Teologia na Universidade de Munique, Alemanha. Ao retornar ao Brasil, ajudou a consolidar a Teologia da Libertação no país. Lecionou Teologia Sistemática e Ecumênica no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis (RJ) durante 22 anos. Foi editor das revistas Concilium (1970-1995) (Revista Internacional de Teologia), Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984).
      Sua reflexão teológica abrange os campos da Ética, Ecologia e da Espiritualidade, além de assessorar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e movimentos sociais como o MST. Trabalha também no campo do ecumenismo.
      Sua produção literária e teológica é superior a 60 livros, entre eles o best-seller A Águia e a Galinha. A maioria de suas obras foi publicada no exterior.
      O livro divide-se em sete capítulos, onde conta à história de uma águia criada como uma galinha. Um camponês foi a uma floresta perto de sua casa para apanhar um pássaro que ira ser criado em casa então ele pegou uma águia filhote e a jogou no galinheiro para viver juntos das galinhas, se passaram 5 anos e a águia cresceu agindo como uma galinha mas veio um naturalista e viu aquilo que estava acontecendo, falou então com o camponês que a águia não era uma galinha e por isso o lugar dela não era ali, dizendo o camponês ele não poderia mais ser uma águia porque já estava acostumado em ser galinha, o naturalista coloco-a em prova  tentando fazer a águia voar mais somente na 3º tentativa que ele se superou mostrando que conseguia voar. Essa história  abrange uma metáfora da condição humana. Cada um poderá compreendê-la de acordo com suas vivências.
No decorrer da obra você ira se deparar com duas visões diferentes da condição humana: as limitações criadas pelo dia a dia que e mostrada pela galinha e a visão de liberdade e do poder fazer, mostrada pela águia, dando assim a idéia de nos questionarmos para que não sejamos presos a limitações e sim livres e ilimitados.
  Essa historia mostra que a humanidade pode ser muito mais águia, podendo ter assim a capacidade de se impor, tendo auto valorização e confiança em si mesmo, superando as dificuldades e passando por cima das adversidades impostas a nos no decorrer da vida, podendo assim ter sucesso em seu cotidiano, mas não podemos nos prender em ser somente águia ou galinha, temos que sempre esta se lembrando do pé no chão do firmamento, mostrado pela galinha, e do dos infinitos planejamentos e novas conquistas, retratada pela águia, pois só assim terá segurança de voar.
Forma-se assim a idéia de que cada ser humano tem como principio ser mais águia ou galinha, demonstrando ter capacidades diferenciadas e tendo que sempre aprimorar e desenvolver novas habilidades sociais e intelectuais, tendo como escola as próprias vivencias diárias, para que com isso possamos encontrar um caminho equilibrado tanto espiritual quanto físico.
Conclui-se então que o que nos é mostrado é o processo de crescimento do ser humanos em busca da personalização. Não existe um modelo pronto para ela, assim que devemos construir etapa por etapa sem julgamento e pressa. Criando nossa caminhada em busca da identidade própria.

Nesta obra, A Águia e a Galinha, Leonardo Boff analisa o contexto histórico da fábula. Boff ao retratar a história contada por James Aggrey, ilustra como a população africana de Gana se comportava diante da opressão. O fator antropológico da condição humana fora subjugado pela ditadura imposta naquela região, a população se modificou depois de conhecer a fábula, mudou de atitude. Depois a obra de Boff refaz a contextualização histórica, o filósofo retrata a mesma situação, mas colocando a como se tivesse passado no Brasil.
A contextualização da fábula é importante pois define a importancia dos homens e mulheres saberem o seu valor, principalmente no quesito político. A população ao ser tratada como galinhas presas, não percebia a sua grandeza e esplendor de águia. A magnificência da águia contida em cada uma das pessoas que passaram pela ditadura de Gana, foi o elemento que faltava para a libertação daquele povo.
Ao repassar para o contexto brasileiro, Boff tenta tenta alertar a população para a realidade política decorrente do país. A questão de como os políticos tratam seus concidadãos é algo alarmante. A política ao retirar a liberdade, a grandeza e a magnetude da potência de cada pessoa, ao instaurar mais deveres do que direitos a população brasileira, estaria tratando seus compatriotas como águias-galinhas.
Segundo Boff, a libertação de um povo começa com a consciência. A libertação do povo aconteceria na questão da aceitação do outro. Seria necessário que a população governada primeiramente se visse livre de preconceitos de qualquer espécie. O respeito por seus iguais também seria outro elemento importante na filosofia de Leonardo Boff. Estes elementos também são importantes pelo fator da complexibilidade de seres humanos convivendo em harmonia. A comoparação da ordem do universo com as mais diversas populações, inferem no fator ciêntifico evolucionário na construção do humano. Junto ao seu devir contante de caos e cosmos, Boff ressalta a importência de ambos na constituição histórica do ser humano. A união dos sentidos veria o ser humano como um microcosmos. O galinismo e o aguismo, fariam parte do ser humano, com determinações impostas e avaliativas, de grau e facultação junto ao espirito humano composto pelo dicernimento das coisas, podendo definir a realidade concreta das coisas. As dimensões do ser que é forçosamente galinha, não consegue atingir a compreenção total das virtualidades e das possibilidades que lhe estão ao seu alcance.
Então o filósofo aponta as dimenções de cada espaço virtual das ações propostas aos homens no nível espiritual, de ser galinha ou águia. Cabe a população definir seus meios de vida e convivência com os outros. A harmonia dos seres que são capazes de conviver juntos, depende também do posicionamento político do dono do galinheiro. A moral da obra de Boff seria definida pela moral individual de cada um dos seus personagens da fábula. O poder governante, seria o caponês dono do galinheiro; ao dúvidar que sua águia-galinha, viesse a lembrar a sua origem, e continuasse vivendo como uma galinha. O camponês, empanador de aves seria o personagem que corresponderia ao governo didatorial. As galinhas seriam aquelas que vivem com aquilo o que lhes é dado, e não tem mais nenhuma opção, a não ser serem tratadas pelo empalhador de aves. O papel desenvolvido na fábula pelas galinhas seria o povo o senso comum. O naturalista seria o personagem que acredita que a águia, mesmo tratada como galinha, tem a possibilidade de relembrar-se de sua origem e seguir como uma ave livre. O personagem do naturalista seria portanto voz da razão. A águia é o personagem principal da fábula; este personagem desenvolveria o papel do ser que foi manipulado desde sua mais tenrra infancia, até tornarsse adulto. Mas este personagem é o mais importante por levar consigo o espírito de liberdade, capaz de comandar seus sentidos e rumar o próprio destino.

A linguagem fácil do texto filosófico, mostra como a população tem o direito de se libertar e como eles podem olhar para o sol e desejar algo melhor. O esclaricimento via conhecimento mostra a população galinácia como elas são águias em potêncial. A capacidade de justa indiguinação esta dentro de cada ser humano, e esses são capazes de voar com as próprias azas junto a caminho do sol da justiça.

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