Leonardo Boff ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1959 e foi
ordenado sacerdote em 1964. Em 1970, doutorou-se em Filosofia e Teologia na
Universidade de Munique, Alemanha. Ao retornar ao Brasil, ajudou a consolidar a
Teologia da Libertação no país.
Lecionou Teologia Sistemática e Ecumênica
no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis
(RJ) durante 22 anos. Foi editor das revistas Concilium (1970-1995) (Revista
Internacional de Teologia), Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e Revista
Eclesiástica Brasileira (1970-1984).
Sua reflexão teológica
abrange os campos da Ética, Ecologia e da Espiritualidade, além
de assessorar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e movimentos sociais como
o MST. Trabalha também no campo do ecumenismo.
Sua produção literária
e teológica é
superior a 60 livros, entre eles o best-seller A Águia
e a Galinha. A maioria de suas obras foi publicada no exterior.
O livro divide-se em sete capítulos, onde conta à
história de uma águia criada como uma galinha. Um camponês
foi a uma floresta perto de sua casa para apanhar um pássaro
que ira ser criado em casa então ele pegou uma águia
filhote e a jogou no galinheiro para viver juntos das galinhas, se passaram 5
anos e a águia cresceu agindo como uma galinha
mas veio um naturalista e viu aquilo que estava acontecendo, falou então
com o camponês que a águia
não era uma galinha e por isso o lugar dela não
era ali, dizendo o camponês ele não
poderia mais ser uma águia porque já
estava acostumado em ser galinha, o naturalista coloco-a em prova tentando fazer a águia
voar mais somente na 3º tentativa que ele se superou mostrando
que conseguia voar. Essa história
abrange uma metáfora da condição
humana. Cada um poderá compreendê-la
de acordo com suas vivências.
No decorrer da obra você
ira se deparar com duas visões diferentes da condição
humana: as limitações criadas pelo dia a dia que e
mostrada pela galinha e a visão de liberdade e do poder fazer,
mostrada pela águia, dando assim a idéia
de nos questionarmos para que não sejamos presos a limitações
e sim livres e ilimitados.
Essa historia mostra que a humanidade pode ser muito mais águia,
podendo ter assim a capacidade de se impor, tendo auto valorização
e confiança em si mesmo, superando as
dificuldades e passando por cima das adversidades impostas a nos no decorrer da
vida, podendo assim ter sucesso em seu cotidiano, mas não
podemos nos prender em ser somente águia ou galinha, temos que sempre esta
se lembrando do pé no chão
do firmamento, mostrado pela galinha, e do dos infinitos planejamentos e novas
conquistas, retratada pela águia, pois só
assim terá segurança
de voar.
Forma-se assim a idéia
de que cada ser humano tem como principio ser mais águia
ou galinha, demonstrando ter capacidades diferenciadas e tendo que sempre
aprimorar e desenvolver novas habilidades sociais e intelectuais, tendo como
escola as próprias vivencias diárias,
para que com isso possamos encontrar um caminho equilibrado tanto espiritual
quanto físico.
Conclui-se então
que o que nos é mostrado é
o processo de crescimento do ser humanos em busca da personalização.
Não existe um modelo pronto para ela, assim que devemos
construir etapa por etapa sem julgamento e pressa. Criando nossa caminhada em
busca da identidade própria.
Nesta obra, A Águia e a Galinha, Leonardo Boff analisa o contexto histórico
da fábula. Boff ao retratar a história
contada por James Aggrey, ilustra como a população
africana de Gana se comportava diante da opressão.
O fator antropológico da condição
humana fora subjugado pela ditadura imposta naquela região,
a população se modificou depois de conhecer a fábula,
mudou de atitude. Depois a obra de Boff refaz a contextualização
histórica, o filósofo retrata a mesma situação,
mas colocando a como se tivesse passado no Brasil.
A contextualização
da fábula é importante pois define a importancia
dos homens e mulheres saberem o seu valor, principalmente no quesito político.
A população ao ser tratada como galinhas presas,
não percebia a sua grandeza e esplendor de águia.
A magnificência da águia
contida em cada uma das pessoas que passaram pela ditadura de Gana, foi o
elemento que faltava para a libertação daquele povo.
Ao repassar para o contexto brasileiro,
Boff tenta tenta alertar a população para a realidade política
decorrente do país. A questão
de como os políticos tratam seus concidadãos
é algo alarmante. A política ao retirar a liberdade, a grandeza
e a magnetude da potência de cada pessoa, ao instaurar mais
deveres do que direitos a população brasileira, estaria tratando seus
compatriotas como águias-galinhas.
Segundo Boff, a libertação
de um povo começa com a consciência.
A libertação do povo aconteceria na questão
da aceitação do outro. Seria necessário
que a população governada primeiramente se visse
livre de preconceitos de qualquer espécie. O respeito por seus iguais também
seria outro elemento importante na filosofia de Leonardo Boff. Estes elementos
também são importantes pelo fator da
complexibilidade de seres humanos convivendo em harmonia. A comoparação
da ordem do universo com as mais diversas populações,
inferem no fator ciêntifico evolucionário
na construção do humano. Junto ao seu devir
contante de caos e cosmos, Boff ressalta a importência
de ambos na constituição histórica
do ser humano. A união dos sentidos veria o ser humano como
um microcosmos. O “galinismo”
e o “aguismo”, fariam parte do ser humano, com
determinações impostas e avaliativas, de grau e
facultação junto ao espirito humano composto
pelo dicernimento das coisas, podendo definir a realidade concreta das coisas.
As dimensões do ser que é
forçosamente galinha, não consegue atingir a compreenção
total das virtualidades e das possibilidades que lhe estão
ao seu alcance.
Então
o filósofo aponta as dimenções
de cada espaço virtual das ações
propostas aos homens no nível espiritual, de ser galinha ou águia.
Cabe a população definir seus meios de vida e convivência
com os outros. A harmonia dos seres que são capazes de conviver juntos, depende
também do posicionamento político do dono do galinheiro. A moral da
obra de Boff seria definida pela moral individual de cada um dos seus
personagens da fábula. O poder governante, seria o caponês
dono do galinheiro; ao dúvidar que sua águia-galinha,
viesse a lembrar a sua origem, e continuasse vivendo como uma galinha. O camponês,
empanador de aves seria o personagem que corresponderia ao governo didatorial.
As galinhas seriam aquelas que vivem com aquilo o que lhes é
dado, e não tem mais nenhuma opção,
a não ser serem tratadas pelo empalhador de aves. O papel
desenvolvido na fábula pelas galinhas seria o povo o
senso comum. O naturalista seria o personagem que acredita que a águia,
mesmo tratada como galinha, tem a possibilidade de relembrar-se de sua origem e
seguir como uma ave livre. O personagem do naturalista seria portanto voz da
razão. A águia é
o personagem principal da fábula; este personagem desenvolveria o
papel do ser que foi manipulado desde sua mais tenrra infancia, até
tornarsse adulto. Mas este personagem é o mais importante por levar consigo o
espírito de liberdade, capaz de comandar seus sentidos e rumar o
próprio destino.
A linguagem fácil
do texto filosófico, mostra como a população
tem o direito de se libertar e como eles podem olhar para o sol e desejar algo
melhor. O esclaricimento via conhecimento mostra a população
galinácia como elas são
águias em potêncial. A capacidade de justa indiguinação
esta dentro de cada ser humano, e esses são capazes de voar com as próprias
azas junto a caminho do sol da justiça.
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