segunda-feira, 15 de julho de 2013

Marcha das Vadias Curitiba 2013

Oi pessoal, como vcs estão?
Segue abaixo alguns pareceres meus e fotos sobre a Marcha das Vadias 2013.


Achei muito legal q este ano eles publicaram um jornal, é importante pq trás informações básicas do pq Marcha das Vadias entre outros, segue um trecho importante e o link:

Por que Vadias?
O movimento Marcha das Vadias surgiu no Canadá, batizado de Slutwalk. O movimento surgiu porque, em janeiro de 2011 na Universidade de York, um policial, falando sobre segurança e prevenção ao crime, afirmou que “as mulheres deveriam evitar se vestir como vadias, para não serem vítimas de ataque”. A reação de indignação foi imediata, pois esse pensamento transfere a culpa da agressão sexual para a vítima, insinuando que, de alguma forma, é a vítima que provoca o ataque. No dia 03 de abril de 2011, na cidade 
de Toronto, aconteceu a primeira Slutwalk, uma passeata pelo fim da culpabilização da vítima em casos de agressão sexual. Aqui no Brasil organizou-se, no mês seguinte, a “Marcha das Vadias”, movimento de enfrentamento à violência doméstica. Ao longo de 2011 diversas cidades brasileiras realizaram suas marchas e, em 2012, mais de 20 cidades organizaram a primeira “Marcha Nacional das Vadias”. Apesar da polêmica do nome, o movimento ganhou força, pois as mulheres refletiram sobre os usos e o poder da palavra “vadia”. Há muito tempo a sociedade machista tem usado a palavra “vadia” para justificar diferentes tipos de agressão. Afirmam que apanhamos porque somos “vadias”, que merecemos ser estupradas porque somos “vadias”. Que um decote ou uma minissaia nos tornam “vadias”. O termo “vadia” oprime nossa sexualidade, pois nos torna um mero objeto de satisfação sexual. Desta forma, usamos a força da polêmica da palavra “vadia” para ressignificá-la. “Se ser livre é ser vadia, então somos todas vadias” tornou- se o 
lema do movimento. A irreverência da reapropriação de uma palavra que carrega uma conotação tão negativa sugere o caráter subversivo da marcha. Estamos aqui para buscar a transformação do quadro de violência contra a mulher e a polêmica nos dá força para chamarmos a atenção da população brasileira para este problema histórico, que há tempos não recebe a devida atenção do poder público. Vivemos em uma sociedade que estimula  a violência contra a mulher. Os números da violência doméstica são alarmantes em 
todo o Brasil. As últimas pesquisas* publicadas revelam que o Brasil é o 7º país que mais mata mulheres em todo o mundo. O Paraná é o 3º estado em número de feminicídios. Essa é a nossa realidade e é para isso que queremos chamar a atenção. Ao gritarmos: “Eu sou vadia, e você?” reafirmamos que agora “vadia” virou sinônimo da mulher que luta e que não se cala diante da violência. É a nossa força de reação e o nosso poder de mobilização. Nossos polêmicos corpos à mostra escancaram a busca pelo fim da opressão. Chocamos a população? Sim. Esse é o nosso propósito e o grande questionamento que levamos para 
as ruas é: “Por que o termo vadia é mais chocante do que os números da violência contra a mulher”?
*Dados do Instituto Sangari

A movimentação o tempo inteiro muito bem organizada. Com pessoas indicando os caminhos a serem seguidos. Foram feitas várias paradas com discursos inteligentes, alertando sobre os maus, causas do machismo e consequências. Em Curitiba no dia 13/07/13 várias mulheres foram as ruas mostrar que saíram do papel de vítima através do machismo, para mostrar que sabem dos seus direitos como cidadãs conscientes. 
Professora de física.

Praça da Mulher Nua!

Concentração na Praça XIX de Dezembro


Ato de repúdio a possível lei que colocara um ônibus rosa para as mulheres em Curitiba.

Colocar um ônibus só para mulheres nos horários de maior número de passageiros só pioraria a situação das mulheres, pois ao invés de justiça, seria um ato de segregação, podendo haver danos maiores as mulheres.


Família reunida para a marcha, crianças conscientes.

É importante reafirmar que todo ser do gênero feminino tem o direito de escolher qual caminho tomar em sua vida, independente de família, cônjuge ou Estado. 

ATENÇÃO!!!!!!!!

Mesmo sendo um ato a favor da segurança e da dignidade da mulher este homem sentado ao centro da foto levou sua mulher e seus três filhos, uma menina, por volta de seus 13 anos e seus dois filhos pequenos, para vender figurinhas durante a concentração da marcha. Enquanto ele ficava sentado, sua filha e sua mulher tentavam vender figurinhas.


Tentando mexer com o estado emocional das pessoas que estavam ali presentes, este homem nada fazia enquanto sua mulher e sua filha trabalhavam. A menina eu não consegui fotografar, mas já a vi muitas vezes no Largo da Ordem vendendo doces nos bares tarde da madrugada.
E esta é a mãe, em pé, que trabalhava, durante a concentração da marcha. Fiquei muito revoltada, a questão da submissão da mulher vai muito mais além do que possamos imaginar. Além do ato de exploração da filha, teve também a questão da exploração da mulher. É uma grande questão a se refletir sobre a real situação de vida da mulher e qual é a perspectiva a qual ela tem como cidadã e oportunidades.

Este foi um dos fatos que me chocou no dia, além de vários homens passando pelo meio da praça lambendo os lábios ao ver várias mulheres reunidas. No meio da passeata alguns grupos de arruaceiros também passaram provocando como se fosse a exposição de um mercado de carnes. Até quando vamos ter que conviver com pessoas como estas? Que não respeitam umas as outras? Sem falar "nos boys" que estavam presentes na marcha, que se sabe que quando estão em meio a outros pseudos-homens, que afirmam e  concordam de que mulheres não passam de um envólucro a ser rompido e cheio de esperma.

 Início da Marcha.




primeira parada.



Angélica e eu, minha amigona da facul.









Participando e cantando ao som dos hits: Quem não pula é machista, Eu não sou miss, Se o Papa fosse Mulher, Vem pra Rua vem! Contra o Machismo, entre outros.







 Segunda parada, a Santa e a Passista, uma das paradas mais emocionantes, somos todxs feitos da mesma carne e queremos ser respeitadxs por isso.


Linda a interpretação das meninas, e o mais importante, a questão da violência contra a mulher negra, que é altamente sexualida somente pela quantidade de melanina em sua pele. Fatores históricos que ainda prejudicam a existência do outro. A fala delas incluiu a questão do mercado de trabalho, que pela colonização de Curitiba exclui somente pelo tom de pele.







Haviam muitas crianças participando da marcha, olha que lindas!


A luta por direitos feministas não é exclusivo de mulheres, é a união de existências a partir de ideias femininas. Direitos iguais a todxs, pois somos cidadxs do mundo!

 A maravilhosa Perola Sancchis, Miss Plus Size Gay Rio Grande do Sul, assim como muitxs, leva uma jornada muito bonita a favor de seus sonhos.

Foi uma Marcha maravilhosa! Vale a pena deveras gritar pelos direitos sim universais, pela vida e pela dignidade. Até o ano que vem!!!!






2 comentários:

  1. Parabéns pelo maravilhoso Blog está de lindíssimo e completo Obrigado por tudo e saiba que a cada dia que passa a minha História se torna mais linda pelo fato de ter pessoas como vc acompanhando e tornando mais Brilhante os momentos da minha jornada esse sonho acaba não sendo só meu pois todos aqueles que me acompanham acabam fazendo parte deles Lindos e Inesquecíveis momentos que se Tornam Reais... Obrigado

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    1. Obrigada Perola! Deveras vc é magnifica!Somos batalhadoras! Pq é mt fácil desistir da vida e deixar nossos sonhos perdidos pela grande jornada da vida. Admiro mt vc, pois admitir os gostos e lutar pela felicidade junto as escolhas é muito difícil. E vc é assim, essa diva q corre com mta garra atrás de td q lhe faz feliz! Eu é q tenho q agradecer de nossos caminhos terem se cruzado! Pois vc e as suas vitórias me inspiram como ser humano. Bjs!

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