terça-feira, 30 de julho de 2013

1ºs: Poème sur le désastre de Lisbonne

Excerto do Poema sobre o desastre de Lisboa [Poème sur le désastre de Lisbonne], de Voltaire (1755).
(…) Ó infelizes mortais! Ó deplorável terra!
Ó agregado horrendo que a todos os mortais encerra!
Exercício eterno que inúteis dores mantém!
Filósofos iludos que bradais «Tudo está bem»;
Acorrei, contemplai estas ruínas malfadas,
Estes escombros, estes despojos, estas cinzas desgraçadas,
Estas mulheres, estes infantes uns nos outros amontoados
Estes membros dispersos sob estes mármores quebrados
Cem mil desafortunados que a terra devora,
Os quais, sangrando, despedaçados, e palpitantes embora,
Enterrados com seus tetos terminam sem assistência
No horror dos tormentos sua lamentosa existência!
Aos gritos balbuciados por suas vozes expirantes,
Ao espectáculo medonhos de suas cinzas fumegantes,
Direis vós: «Eis das eternas leis o cumprimento,
Que de um Deus livre e bom requer o discernimento?»
Direis vós, perante tal amontoado de vítimas:
«Deus vingou-se, a morte deles é o preço de seus crimes?»
Que crime, que falta cometeram estes infantes
Sobre o seio materno esmagados e sangrantes?
Lisboa, que não é mais, teve ela mais vícios
Que Londres, que Paris, mergulhadas nas delícias?
Lisboa está arruinada, e dança-se em Paris.(…)

Os quatro poderes no Brasil

2ºMA: Conselho de He-Man e She-Ra - O seu corpo

Conselhos do He-Man


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2ºMA: Tomorrow's Lestoil (Anúncio Machista) - 1968

Mais um anúncio polêmico. Desta vez, apresentamos o limpador Tomorrow's Lestoil que brinca com uma imagem futurista e um título machista: 

"O mundo do futuro não precisa se preocupar. As mulheres sempre estarão a postos para fazer faxina e deixar a Lua brilhando de limpeza".

Será que naquela época o público endurecia diante esses anúncios. Nem precisamos falar o quanto polêmico seria se este anúncio fosse veiculado nos dias de hoje.


2ºMA: Representations of Gender in Advertising

Muito interessante as propagandas sexistas e suas sátiras se fossem no mundo masculino. O mercado consumista explora as mulheres de todas as formas, fazendo com que a Industria Cultural contemporânea insite atos machistas e de violência sexual.

domingo, 28 de julho de 2013

4ºMA: PLÁGIO É CRIME !

No Código Penal Brasileiro, em vigor, no Título que trata dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual, nós nos deparamos com a previsão de crime de violação de direito autoral – artigo 184 – que traz o seguinte teor: Violar direito autoral: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. E os seus parágrafos 1º e 2º, consignam, respectivamente:
§1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, com intuito de lucro, de obra intelectual, no todo ou em parte, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, (...): Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, (...).
§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito, com intuito de lucro, original ou cópia de obra intelectual, (...), produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral.
Discorrendo sobre essa espécie de crime, afirma MIRABETE:
A conduta típica do crime de violação de direito autoral é ofender, infringir, transgredir o direito do autor. O artigo 184 é norma penal em branco, devendo verificar-se em que se constituem os direitos autorais que, para a lei, são bens móveis (art. 3º da Lei nº. 9.610/98).1
Aquele que se propõe a produzir conhecimento sério, renovador do Direito, quer seja ele professor, pesquisador ou aluno, se obriga a respeitar os direitos autorais alheios. Vejamos o que diz a Constituição Federal vigente, em seu artigo 5º, XVII: aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, (...). E a devida proteção legal em legislação ordinária nós a encontramos na Lei nº. 9.610/98, mais precisamente nos seus artigos 7º, 22, 24, I, II e III, e 29, I.
Mas, se a própria Lei acima citada, nos informa, no seu artigo 46, III, que não se constitui ofensa aos mencionados direitos, à citação em livros, jornais, revistas ou em qualquer outro meio de comunicação, de trechos de qualquer obra, desde que sejam indicados o nome do autor e a proveniência da obra, aonde constataremos a incidência dessa contrafação (reprodução não autorizada) tão grave, especificamente entendida na sua forma conhecida como PLÁGIO? Exatamente no modo como o plagiário se apossa do trabalho intelectual produzido por outrem.
O plagiário recorre dolosamente aos expedientes mais sutis, porém não menos recrimináveis, e não relutam em fazer inserções, alterações, enxertos nas idéias e nos pensamentos alheios, muitas vezes apenas modificando algumas palavras, a construção das frases, a fim de ludibriar intencionalmente e assim prejudicar, de forma covarde, o trabalho original de alguém e ofendendo os direitos morais do seu verdadeiro autor.
Agindo desse modo, o plagiário tenta iludir a um só tempo tanto ao verdadeiro autor da obra fraudada, como também a quem é dirigido o seu trabalho, inclusive a coletividade como um todo, que irá absorvê-lo. Ensina-nos COSTA NETTO, discorrendo sobre o delito de plágio:
Assim, certamente, o crime de plágio representa o tipo de usurpação intelectual mais repudiado por todos: por sua malícia, sua dissimulação, por sua consciente e intencional má-fé em se apropriar – como se de sua autoria fosse – de obra intelectual (normalmente já consagrada) que sabe não ser sua (do plagiário).
Concluindo, asseveramos que ao lado de um trabalho de pesquisa levado a efeito nos ditames das normas metodológicas cabíveis, fincado num rigor científico necessário e inafastável, deve ainda ser o mesmo revestido de uma indefectível postura ética por parte do seu autor, quer seja ele mero estudioso, professor ou aluno de graduação ou pós-graduação.
Agir com respeito perante não somente àquilo que se propõe a produzir com seriedade, mas igualmente em relação às fontes pesquisadas, às idéias consultadas, aos pensamentos, reflexões, pontos de vista, propostos em estudos e pesquisas já feitas, que recorrera para melhor ilustrar, fundamentar ou enriquecer o seu trabalho científico, é o mínimo que podemos esperar de alguém voltado para o conhecimento.
A atitude ética acompanhada da boa-fé que tanto esperamos de qualquer estudioso, aluno, professor, pesquisador, passa, necessariamente, pelo respeito ao trabalho alheio. Produzir conhecimento, sim, mas calcado na lisura e na decência, sem usurpação ou violação do produto intelectual de quem quer que seja, eis uma obrigação, um dever imposto a todo aquele que se propõe criar ou trilhar novos caminhos no mundo jurídico, através da investigação e da pesquisa científicas.
A consciência a perdurar no pesquisador sério deve advir da certeza de que o verdadeiro conhecimento precisa firmar-se – sempre – em bases éticas. E essa consciência ética lhe impõe que seja buscada e desenvolvida já nos primeiros passos da vida acadêmica. Que o aluno se habitue com a pesquisa, aprendendo a desenvolvê-la, mas sempre consciente de que não poderá se descuidar da ética. E que os professores, como estudiosos por excelência; como orientadores de pesquisas e responsáveis, direta ou indiretamente, pela iniciação científicas de seus alunos, dêem o exemplo, e venham a lembrá-los, a todo instante, do valor da ética para a produção do conhecimento.
Com os inúmeros benefícios tecnológicos do mundo moderno, sobretudo com a inserção do computador e da internetem nossas vidas, surgiram facilidades até há pouco tempo impensáveis. O pesquisador sério – aluno, estudioso ou professor - pela facilidade que tem de obter e trabalhar uma infinidade de informações disponíveis, sem sequer precisar sair de seu local de estudo, vem se beneficiado com esses avanços tecnológicos. Infelizmente, precisamos fazer uma constatação lamentável: se nos vemos beneficiados por essas comodidades, passamos, em contrapartida, a viver sob a banalização do plágio. Lamentavelmente, observamos o quanto é costumeiro se produzir conhecimentoviolando os direitos autorais de alguém. Vemos, pois, verdadeiros furtos intelectuais serem praticados, quase sempre de modo que gera impunidade, haja vista as dificuldades que surgem em bem caracterizarmos esses delitos.
Muitos são aqueles que não têm qualquer escrúpulo em selecionar copiartrabalhos inteiros, trechos ou pequenos textos que pertencem a outrem, diretamente em proveito próprio, ou mesmo para comercializá-los junto a terceiros, auferindo lucros à custa alheias. Assina-os como se fossem os verdadeiros autores, e pouco se importam com as conseqüências de seus atos criminosos.
Com o advento da internet, como já dissemos antes, e as extraordinárias facilidades que ela nos legou hodiernamente, essa situação se agravou, disseminando a ocorrência desses furtos virtuais. Deparamos-nos, então, com aquele plagiador que pratica a violação em proveito de si mesmo ou de outrem, sob encomenda, comercializandotrabalhos acadêmicos prontos, maquiados pela leviandade de quem assim age. Mais do que um ilícito civil, uma vez que afronta direito de personalidade do autor, constitucionalmente garantido, atingindo a sua criação intelectual, nos deparamos também com um ilícito criminal gravíssimo, coberto ainda pela inteira reprovação moral a que se sujeita aquele que pratica o plágio.
A HIPNOSE CONDICIONATIVA ESTÁ RESGUARDADA PELA LEGISLAÇÃO DE DIREITOS INTELECTUAIS EM 163 PAÍSES.
Para garantir e preservar a integridade das técnicas de Condicionamentos Mental, a mais nova linha da hipnologia mundial, ministradas nos cursos de Hipnose Condicionativa, de autoria do Prof. Luiz Carlos Crozera, o Instituto Brasileiro de Hipnologia - CNPJ: 07.621.074/0001-94, com sede à Rua Santa Terezinha, 221 - cidade de Jaú, Estado de São Paulo - Brasil, única instituição credenciada para disseminar tais técnicas, cria a Comissão de ética, constituída por pessoas idôneas, dos mais diversos segmentos profissionais, com formação técnica pelo próprio Instituto. A Comissão de Ética, quando convocada, tem autonomia para emitir pareceres técnicos e determinar providencias cabíveis para cada caso, indo de advertência até ação judicial.
Todo material didático e pedagógico, assim como artigos referentes às técnicas de Condicionamentos Mental (Hipnose Condicionativa) estão resguardadas pela Legislação Internacional de Direitos Intelectuais, registro internacional, no Ministério da Cultura de Portugal - Inspecção Geral das Actividades Culturais, Palácio Foz, Praça dos Restauradores, Apartado 2616 - Lisboa, sob número 4369/2006 e averbamentos posteriores, com validade para todos os países membros da Convenção de Berna, em abril de 2007 somavam-se 163 países.  Desde 1967 a Convenção é administrada pela World Intellectual Property Organization (WIPO), incorporada nas Nações Unidas em 1974. Registro de Propriedade Intelectual (Direitos Autorais) - IGAC-MC - 4369/2006. Patente INPI - R.P.I: 114.09.


2ºMA: A INDÚSTRIA CULTURAL

A partir de quando poderíamos falar em indústria cultural ou cultura de massa? E mais, o que significam esses termos? Por que associar indústria a cultura? Que tipo de mercadoria essa indústria afinal de contas produz? Como nos capítulos anteriores, este também se inicia com perguntas, às quais tentaremos responder.

Talvez possamos falar em indústria cultural com segurança a partir do século XVIII. O fato marcante foi a multiplicação de jornais na Europa. Se até a idade média a leitura e a escrita eram privilégios do clero e de parte da nobreza, isso se modifica no capitalismo. As características básicas do novo modelo socioeconômico que se impunha eram a urbanização, a industrialização e, principalmente, a criação e ampliação do mercado consumidor. As cidades passam a ser pólos de importância social, econômica e cultural. A população vai abandonando o campo rumo à cidade e ao trabalho nas fábricas. A mecanização barateia os produtos e, conseqüentemente, aumenta o mercado consumidor. A burguesia comercial e industrial se estabelece como classe hegemônica, e crescem as classes médias. Esse novo público vai ser conquistado pelo mercado em geral e, também, pelo mercado de bens culturais.
É nesse sentido que os jornais assumem grande importância. Paralelamente ao barateamento do papel, há uma elevação do número de leitores, uma tendência que se impõe. Os jornais divulgam noticias, crônicas políticas e os chamados folhetins (precursores do romance e das novelas de tv atuais). A estória que os jornais publicavam nos rodapés de suas páginas vinha em capítulos, obrigando o leitor a comprar o próximo exemplar para saber a continuação da trama.
Stuart Hall, sociólogo norte-americano, afirma que não se pode pensar em cultura erudita ou em cultura popular sem antes considerar a existência da industria cultural. O jornal do século XVIII certamente já interferia na produção e divulgação das idéias, bem como o predomínio de umas, e não de outras.
Além disso, se lembrarmos o quanto a sociedade estava mudando nesse período, poderemos compreender a atitude dos primeiros folcloristas ou colecionadores, que queriam coletar e preservar as velhas canções populares, ao perceberem que a nova sociedade dava cada vez menos espaço para essas manifestações culturais. As populações camponesas chegavam às cidades e tinham que se adaptar ao seu ritmo alucinante. O lazer e a arte que elas praticavam no seu dia-dia, no campo, sem separá-los de sua rotina, passam a lhes ser oferecidos por profissionais que vivem exatamente da arte e do lazer: companhias de teatro, os circos, os balés, que a partir de agora ocupam um espaço na divisão social do trabalho.
Mas por que chamar isso tudo de cultura de massa ou de industria cultural? O primeiro termo faz com que vejamos a sociedade moderna como uma sociedade de massas, de multidões padronizadas e homogêneas, ou no máximo compartimentalizadas em setores com características semelhantes. O segundo termo remete às idéias de produção em série, de comercialização e de lucratividade, características do sistema capitalista. Podemos imaginar, então, o estabelecimento de uma industria produtora e distribuidora de jornais, livros, peças, filmes, em resumo de “mercadorias culturais”.

INDÚSTRIA CULTURAL OU CULTURA DE MASSA
O termo indústria cultural foi criado por Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), membros de um grupo de filósofos conhecidos como Escola de Frankfurt. Ao fazerem a análise da atuação dos meios de comunicação de massa (mdcm), esses autores concluíram que eles funcionavam como uma verdadeira indústria de produtos culturais, mas, mais do que isso, vende imagens do mundo e faz propaganda deste mundo tal qual ele é e para que ele assim permaneça.


Segundo os dois autores, a indústria cultural pretendia integrar os consumidores das mercadorias culturais, agindo como uma ponte nociva entre a cultura popular e a erudita. Nociva porque retiraria a autenticidade da primeira e a seriedade da segunda. Ambos autores, vêem a indústria cultural como qualquer indústria, organizada em função de um público-massa, abstrato e homogeneizado, e baseado nos princípios do lucro.
Poderíamos pensar, a partir do que os autores indicam, que a indústria cultural venderia mercadorias culturais como pasta de dentes ou automóveis, e o público receberia esses produtos sem saber diferenciá-los ou sem questionar seu conteúdo. Assim, após uma sinfonia de Beethoven, uma estação de rádio poderia veicular o anúncio de um restaurante e, depois dele, noticiar um golpe de Estado ou terremoto, sem nenhuma profundidade, e mais sem nenhuma discussão. Nesse sentido, é preciso observar como essa sucessão de música, propaganda e noticia ilustra o caráter fragmentário dos MDCM, principalmente o rádio e a televisão.
Os meios tecnológicos tornaram possível reproduzir obras de arte em escala industrial. Para os autores, essa produção em série (por exemplo, os discos de música clássica, as reproduções de pinturas, as músicas eruditas como pano de fundo de filmes de cinema) não democratizou a arte. Simplesmente, banalizou-a, descaracterizou-a, fazendo com que o público perdesse o senso crítico e se tornasse um consumidor passivo de todas as mercadorias anunciadas pelo MDCM. Nesse caso, o fato de um operário assobiar, durante o seu trabalho, o trecho da ópera que ouviu no rádio não significaria que ele estaria compreendendo a profundidade daquela obra de arte, mas que apenas ele a memorizou, como faria com qualquer canção sertaneja, romântica, ou mesmo um jingle que ouvisse no mesmo rádio.



Para adorno, a industria cultural tem como único objetivo a dependência e a alienação dos homens. Ao maquiar o mundo nos anúncios que veicula, ela caba seduzindo as massas para o consumo das mercadorias culturais, a fim de que elas se esqueçam da exploração que sofrem nas relações de produção. A indústria cultural estimularia, portanto, o imobilismo.
Ao contrário de Adorno e Horkheimer, Marshall Mcluhan (1911-1980) via a atuação dos MDCM de maneira otimista. Estudando principalmente a televisão, o autor acreditava que ela poderia aproximar os homens, diminuindo as distâncias não apenas territoriais como sociais entre eles. O mundo iria transformar-se, então, numa espécie de “aldeia global”, expressão que acabou ficando clássica entre os teóricos da comunicação.
O crítico Umberto Eco, por sua vez, faz uma distinção polêmica entre os autores dedicados ao estudo da indústria cultural. Segundo ele, esses autores dividem-se entre “apocalípticos” (aqueles que criticam os meios de comunicação de massa) e “integrados” (aqueles que os elogiam).
Entre os motivos para criticar os MDCM, segundo os “apocalípticos”, estariam:
· A veiculação que eles realizam de uma cultura homogênea (que desconsidera diferenças culturais e padroniza o publico);
· O seu desestímulo à sensibilidade;
· A sua definição como simples lazer e entretenimento, desestimulando o público a pensar, tornando-o passivo e conformista;
Nesse sentido, os MDCM seriam usados para fins de controle e manutenção da sociedade capitalista.
Entre os motivos para elogiar os MDCM, apontados pelos “integrados”, estariam:
· Serem os MDCM a única fonte de informação possível a uma parcela que sempre esteve distante das informações;
· As informações veiculadas por eles poderem contribuir para a própria formação intelectual do público;
· A padronização de gosto gerada por eles funcionarem como um elemento unificador das sensibilidades dos diferentes grupos.
Nesse sentido os MDCM funcionariam como fundamentais para a manutenção e a expansão de todas as sociedades democráticas.
Eco irá criticar as duas concepções, os “apocalípticos” estariam equivocados por considerarem a cultura de massa ruim simplesmente por seu caráter industrial. Para Eco, não se pode ignorar que a sociedade atual é industrial e que as questões culturais têm que ser pensadas a partir dessa constatação. Os “integrados”, por sua vez, estariam errados por esquecerem que normalmente a cultura de massa é produzida por grupos de poder econômico com fins lucrativos, o que significa a tentativa de manutenção dos interesses desses grupos através dos próprios MDCM. Além disso, não é pelo fato de veicular produtos culturais que a cultura de massa deva ser considerada naturalmente boa, como querem os “integrados”.
Eco acredita que não se pode pensar a sociedade moderna sem os MDCM. Nesse sentido, sua preocupação é descobrir que tipo de ação cultural deve ser estimulado para que os MDCM realmente veiculem valores culturais, remetendo aos intelectuais, o papel de fiscalizar e exigir que isso aconteça.
Outro autor também ligado á Escola de Frankfurt, mas com uma concepção diferente do papel da indústria cultural, é Walter Benjamin (1886-1940). Para ele, a revolução tecnológica do final do século XIX e inicio do século XX não acabou com a cultura erudita, como pensavam Adorno e Horkheimer, mas alterou o papel da arte e da cultura. Os MDCM e suas novas formas de produção cultural propiciariam mudanças na percepção e na assimilação do público consumidor, podendo, inclusive, gerar novas formas de mobilização e contestação por parte desse público.
Para Benjamin, a possibilidade de reprodução técnica das obras de arte retirou delas seu caráter único e mágico (o que ele chama de sua “aura”). Em compensação, possibilitou que elas saíssem dos palácios e museus e fossem conhecidas por um número infinito de pessoas. Por exemplo, a reprodução fotográfica permitiu que qualquer pessoa pudesse ter em sua sala as clássicas Monalisa e Santa ceia, Leonardo da Vinci; a reprodução fonográfica fez com que muito mais pessoas pudessem escutar (e quantas vezes quisessem) uma sinfonia de Mozart.
O impacto que a indústria cultural moderna pode provocar no público não seria, portanto, necessariamente negativo, podendo, ao contrario, contribuir para a emancipação desse público e para a melhoria da sociedade, uma vez que ampliaria o seu horizonte de conhecimento.
Muitos críticos consideram a visão de Adorno e Horkheimer sobre a indústria cultural conservadora. Segundo eles, a posição desses autores, ao dizerem que a indústria cultural banalizaria a cultura erudita (que eles denominavam “alta cultura”) valorizavam a cultura burguesa. E não apenas isso, seria também uma depreciação da cultura popular, que, segundo eles, ficaria ainda mais simplificada no âmbito da indústria cultural, e a própria capacidade crítica do povo, considerado mero consumidor de mercadorias culturais, produzidas industrialmente.


 





Para começar bem o terceiro bimestre

Good Morning (Singing In The Rain - 1952)

Debbie Reynolds

Good Mornin',
Good Mornin',
We've Talked the whole night through
Good Mornin',
Good Mornin' to you
Good Mornin', Good Mornin'
It's great to stay Up late
Good Mornin', good mornin' to you!
When the band began to play
The sun was shinin' bright.
Now the milkman's on his way.
It's too late to say goodnight.
So, good mornin', good mornin'!
Sunbeams will soon smile through,
Good Mornin', good mornin' to you!
And You, And You, And You!
Good morning,
Good morning,
We've gabbed the whole night through.
Good Mornin', good mornin' to you!
Nothin' could be grander the to be in
Louisiana
In the morning,
In the morning,
It's great to stay up late!
Good mornin',
Good mornin' to you.
It might be just zippy
If you was in Mississipi!
When we left the movie show
The future wasn't bright
But tame is gone
The show goes on
And I don't wanna say good night
So say, Good Mornin'!
Rainbow is shining through
Good Mornin'!
Good Mornin'!
Bon Jour!
Bon Jour!
Buenos dias!
Buenos dias!
Buon Giorno!
Buon Giorno!
Guten Morgen!
Guten Morgen!
Good Morning To you!
Waka! Waka! Waka!
Lá! Lá! Lá! Lá!
Ole! Toro! Bravo!
Dancing.....

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Religiões: quando o cristianismo é pura intolerância

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Extremistas católicos e evangélicos querem agora vetar lei que regulamenta atendimento do SUS às vítimas de estupro. Decisão está com Dilma
Por Gabriela Leite
Certas leis podem, no máximo, reduzir danos. É o caso de um texto aprovado no último dia 11, no Congresso Nacional. Proposto no século passado (em 1999) pela deputada Iara Bernardi (PT-SP), ele estabelece as normas para atendimento, no Sistema Único de Saúde, das mulheres que foram vítimas de estupro. É um problema sabidamente grave, mas crescente. O número de casos deste crime no Brasil aumentou muito nos últimos anos. Só no primeiro semestre de 2013, a média na cidade de São Paulo foi de nove denúncias por dia. No Rio de Janeiro, os casos aumentaram 56% nos últimos quatro anos. Nestas situações, como os médicos da rede pública devem proceder?
O projeto da deputada Iara, aprovado por unanimidade após quase quinze anos de protelação, estabelece alguns procedimentos. Exige que todos os hospitais da rede do SUS atendam imediatamente as vítimas. Garante amparo social e psicológico, informações sobre direitos legais e acesso a exames de HIV e medidas necessárias para evitar doenças e gravidez. Não resolve o problema, mas assegura o direito à saúde das mulheres que sofrem com o crime.
Porém, grupos religiosos e conservadores parecem compreender que elas não têm esse direito. Para eles, um dos parágrafos da lei representa, na verdade, uma aprovação escondida do aborto: o que fala da “profilaxia da gravidez”. Carlos Alberto di Franco, membro da organização católica Opus Dei, sustenta, em artigo para O Estado de São Paulo (22/7) que, como não é necessária prova de que a mulher foi realmente estuprada, ela pode fingir o abuso para poder realizar o aborto. Argumento semelhante é o do deputado Marco Feliciano. Para ele, o termo “profilaxia” pode ser interpretado de maneira dúbia, e garantir a interrupção da gravidez. Ele também acredita que não é papel dos hospitais dar informações às vítimas de estupro sobre seu direito legal e sanitário, que elas devem procurar uma delegacia. Sugere que este ponto também deve ser vetado pelo Executivo.
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia explica que a profilaxia da gravidez não significa aborto — mas sim a administração de Levonorgestrel, a chamada “pílula do dia seguinte”. Ela evita a fecundação e deve ser tomada até três dias após o ato sexual. Esta medida funciona como técnica contraceptiva, e é totalmente legalizada no Brasil. No caso de estupro, evitaria um provável futuro aborto — mais perigoso para a vítima. De qualquer maneira, interromper uma gravidez que aconteceu por um ato de violência sexual já é um direito garantido por lei.
A proposta foi encaminhada para sanção da presidente Dilma Rousseff e deve ser aprovada até 1º de agosto. Define, para os devidos fins, que violência sexual é qualquer forma de atividade sexual sem consentimento. Resta agora à presidente decidir: optará pelos direitos ou pelo fundamentalismo?

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Piada de Cientista Social (quem é de humanas vai se identificar)

Cena 1 –

Dois homens estão passando por uma rua e encontram um prédio cheio de rachaduras. Um deles diz:

- Ih, já era, esse prédio vai cair…

O outro responde:

- Não, tem salvação, depende da intervenção, hj em dia tem técnicas modernas de reparo, com tecnologia de último tipo etc.

O outro retruca:

- Que nada! Olha o tamanho das rachaduras. Vai pro chão!

- Tô te dizendo, rapaz. Tem jeito, sim. Eu sou engenheiro civil, estudei cinco anos disso, sou especialista nessa área, te garanto q tem solução.

Ao que o outro responde:

- Ah, bem! Se vc é engenheiro, nem vou discutir. O especialista é você…

Cena 2 –

Dois homens estão passando por uma rua e assistem a um acidente de automóveis, com feridos. Um deles diz:

- Ih, já era, a mulher já vai morrer…

O outro responde:

- Não, tem salvação, depende do socorro rápido, hj em dia tem técnicas modernas de sutura, com laser etc.

O outro retruca:

- Que nada! Olha os miolos dela no chão. Tá morta!

- Tô te dizendo, rapaz. Tem jeito, sim. Eu sou médico, estudei seis anos disso, sou especialista nessa área, te garanto q tem solução.

Ao que o outro responde:

- Ah, bem! Se vc é médico, nem vou discutir. O especialista é você…

Cena 3 –

Dois homens estão passando por uma rua e assistem a uma intervenção da polícia numa favela, com tiroteio. Um deles diz:

- Ih, num tem jeito não, aí só tem marginal, tem que explodir tudo…

O outro responde:

- Não, tem jeito sim, depende de intervenção correta, que leve em consideração a desigualdade econômica e política historicamente construída, buscando uma política de respeito e tolerância, que promova a cidadania, a inclusão social etc.

O outro retruca:

- Que nada! Isso é resultado da miscigenação, povo preguiçoso, essa gente tem que morrer!

- Tô te dizendo, rapaz. Tem jeito, sim. Eu sou cientista social, estudei a minha vida inteira isso, sou especialista nessa área, te garanto q tem solução.

Ao que o outro responde:

- Essa é a sua opinião… num concordo. A minha é a seguinte etc.

(fonte http://baiucadobaudelaire.blogspot.com.br/2011/04/da-serie-so-piada-da-conta-parte-i.html)

domingo, 21 de julho de 2013

3ºs Banco de redações UOL, junho.

PROPOSTA DE JUNHO DE 2013

Terrorismo: o Brasil tem razões para temê-lo?

Neste mês de junho, o Brasil vai receber a Copa das Confederações, um importante torneio esportivo internacional. O evento está sendo visto como um "treino" para dois outros acontecimentos de destaque do esporte mundial, que também serão sediados pelo país: a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. A exemplo da Maratona de Boston, eventos desse tipo são considerados alvos privilegiados para organizações terroristas, num contexto internacional em que o terrorismo é uma ameaça sempre presente, com ações que visam chamar a atenção do maior número de pessoas para uma causa, por meio de atentados que provoquem impacto pela sua violência. Assim, jornalistas, autoridades e especialistas em segurança têm discutido se o Brasil está preparado para prevenir e enfrentar uma eventual ação terrorista, como se pode ver pelos textos abaixo. Leia-os, reflita e responda, por meio de uma dissertação, qual é a sua opinião sobre o assunto. Há razões para temor ou tranquilidade? Por quê?
Leia as redações avaliadas

ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR:

  • Tânia Rêgo/ABr
    Segurança nos eventos esportivos: Exército e Guarda Municipal do Rio de Janeiro fazem simulação de enfrentamento a manifestações no Maracanã

Pode acontecer aqui?

(...) o ministro da Defesa, Celso Amorim, reuniu-se com seus principais auxiliares. Queria saber como andam os preparativos para garantir a segurança durante a Copa das Confederações, marcada para junho próximo, e na Copa do Mundo, no ano que vem. A reunião ganhou contornos mais preocupantes após o atentado à bomba em Boston. Amorim estava especialmente interessado nas informações do general Marco Antônio Freire Gomes, comandante da Brigada de Operações Especiais, localizada em Goiânia. Freire Gomes é o responsável pelo destacamento encarregado das ações contraterrorismo durante grandes eventos. Essa elite militar conta com 1.200 homens especializados em atividades delicadas, como o desarme de bombas e artefatos químicos e radiativos. Entram em ação em situações extremas. Para um país com histórico pacífico, tamanha preparação pode até parecer desmedida. A natureza do terrorismo, revelada na tragédia de Boston, prova que não é. Os preparativos para a segurança dos grandes eventos começaram há cerca de dois anos.

Estamos preparados?

O terrorista não mata por prazer ou sadismo, mas pela convicção de que a sua causa deve ser defendida e difundida a qualquer custo. O ato terrorista não é cometido a esmo. Ao escolher um alvo, uma organização terrorista avalia vários aspectos, dentre eles a competência do Estado em antever e prevenir o atentado e/ou de neutralizar os seus executores. Ou seja, é levada em conta a capacidade de resposta do país-alvo.
(...)
No Brasil, o maior entrave às atividades de prevenção e combate ao terrorismo é a legislação (ou a falta dela). No vasto ordenamento jurídico brasileiro não há conceituação de terrorismo, nem previsão de penas a serem aplicadas a terroristas.
O projeto de reforma do Código Penal prevê pela primeira vez o crime de terrorismo. Caso não sofra alterações, o texto legal passa a combinar as prováveis motivações terroristas com as diversas condutas que podem ser adotadas. Mas, caso haja um ataque antes que a nova lei entre em vigor, a polícia, o Judiciário, os legisladores e a sociedade ficarão se perguntado o que fazer.
(...)
Além das lacunas legais, existem outros aspectos relevantes. Em 2011, a diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército divulgou relatório no qual informa que mais de uma tonelada de emulsão de nitrato de amônia e de dinamite foi roubada ou furtada (e não recuperada) de pedreiras e obras no Brasil. Isso significa que os recursos materiais a serem empregados num eventual atentado terrorista em território brasileiro podem ser facilmente obtidos aqui mesmo, sem que haja preocupação com a transposição de fronteiras.


O Brasil está seguro?


O ataque terrorista na Maratona de Boston, nos Estados Unidos, na semana passada, fez acender a luz amarela no Brasil. Embora o País não faça parte da rota do terror, os grandes eventos internacionais que acontecerão aqui nos próximos anos irão atrair para as cidades brasileiras dezenas de autoridades e milhares de jornalistas e cidadãos de diferentes nações. Em junho, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza receberão jogos da Copa das Confederações e, no mês seguinte, o Rio será palco da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do papa Francisco. Serão eventos-teste para a Copa do Mundo de 2014, que incluirá outras seis capitais, e, dois anos depois, para os Jogos Olímpicos, majoritariamente sediados na capital fluminense. Quanto mais visibilidade, maior a comoção diante de tragédias – e é isso que os terroristas buscam. Por isso, as autoridades estão se preparando para todo tipo de emergência. O governo federal investirá, em parceria com os 12 Estados-sede da Copa e a iniciativa privada, mais de R$ 2 bilhões em segurança. Ao todo, serão cerca de 142 mil policiais de todas as esferas em ruas e em pontos estratégicos.

UFPR divulga como cotas serão preenchidas

Instituição reservará 40% das vagas para cotistas -- 25% respeitarão a Lei das Cotas e 15% seguirão uma normativa interna

Henry Milléo/ Gazeta do Povo / Primeira fase do vestibular da UFPR será no dia 3 de novembro.Primeira fase do vestibular da UFPR será no dia 3 de novembro.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) informou nesta sexta-feira (14), pela primeira vez, como será o sistema de cotas usado no próximo vestibular da instituição. Como nos anos anteriores, 40% das vagas serão reservadas a cotistas e o restante irá para a concorrência geral. O que muda é o porcentual destinado aos dois sistemas de inclusão adotados pela universidade: 25% seguirão as regras da Lei das Cotas e 15% serão regidos por uma resolução interna.

Sancionada em agosto de 2012 pela presidente Dilma Rousseff, a Lei 12.711 exige que, neste ano, as universidades federais destinem pelo menos 25% de suas vagas a estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. Esse total é repartido entre os candidatos conforme critérios referentes à renda familiar e à raça. Até 2016, metade das vagas ofertadas pelas instituições deverá ser preenchida por esse sistema.
Além disso, desde 2004, a UFPR segue a Resolução 1.707, que destina 40% das vagas a cotistas sociais e raciais. Diante das exigências da lei federal, os 15% restantes respeitarão a normativa interna, ou seja, metade dessas vagas será destinada a alunos que estudaram todo o ensino fundamental e médio em escola pública e a outra metade a pretos e pardos.
“Como não tivemos nenhuma manifestação do Cepe [Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão], mantivemos os dois sistemas. Para o ano que vem, é muito provável que os 40% sigam a lei federal”, afirma o coordenador do Núcleo de Concursos, Raul Von der Heyde.
Inscrições
De acordo com Heyde, o edital do próximo vestibular da UFPR deve ser lançado depois de 20 de julho e as inscrições ocorrerão entre agosto e setembro. Desta vez, os candidatos interessados a concorrer a algum sistema de cotas deverão especificar a sua opção já no ato da inscrição. Os vestibulandos poderão escolher entre a concorrência geral, a Lei das Cotas e o sistema de inclusão próprio da Federal.
Não tem como prever qual a alternativa mais vantajosa – e com maior chance de aprovação – para cada candidato. No entanto, quem opta pela lei federal e não conquista uma vaga reservada volta para a concorrência geral. No sistema interno da UFPR, candidatos a cotas não aprovados têm chance de garantir uma vaga nas chamadas complementares, em que todos os alunos disputam igualmente.
A data da primeira fase do vestibular está definida para o dia 3 de novembro. O calendário da segunda fase ainda não está certo, mas, provavelmente, as provas serão aplicadas em 1.º e 2 de dezembro.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sobre assuntos femininos e a Marcha das Vadias 2013

Marcha das Vadias Curitiba 2013

Oi pessoal, como vcs estão?
Segue abaixo alguns pareceres meus e fotos sobre a Marcha das Vadias 2013.


Achei muito legal q este ano eles publicaram um jornal, é importante pq trás informações básicas do pq Marcha das Vadias entre outros, segue um trecho importante e o link:

Por que Vadias?
O movimento Marcha das Vadias surgiu no Canadá, batizado de Slutwalk. O movimento surgiu porque, em janeiro de 2011 na Universidade de York, um policial, falando sobre segurança e prevenção ao crime, afirmou que “as mulheres deveriam evitar se vestir como vadias, para não serem vítimas de ataque”. A reação de indignação foi imediata, pois esse pensamento transfere a culpa da agressão sexual para a vítima, insinuando que, de alguma forma, é a vítima que provoca o ataque. No dia 03 de abril de 2011, na cidade 
de Toronto, aconteceu a primeira Slutwalk, uma passeata pelo fim da culpabilização da vítima em casos de agressão sexual. Aqui no Brasil organizou-se, no mês seguinte, a “Marcha das Vadias”, movimento de enfrentamento à violência doméstica. Ao longo de 2011 diversas cidades brasileiras realizaram suas marchas e, em 2012, mais de 20 cidades organizaram a primeira “Marcha Nacional das Vadias”. Apesar da polêmica do nome, o movimento ganhou força, pois as mulheres refletiram sobre os usos e o poder da palavra “vadia”. Há muito tempo a sociedade machista tem usado a palavra “vadia” para justificar diferentes tipos de agressão. Afirmam que apanhamos porque somos “vadias”, que merecemos ser estupradas porque somos “vadias”. Que um decote ou uma minissaia nos tornam “vadias”. O termo “vadia” oprime nossa sexualidade, pois nos torna um mero objeto de satisfação sexual. Desta forma, usamos a força da polêmica da palavra “vadia” para ressignificá-la. “Se ser livre é ser vadia, então somos todas vadias” tornou- se o 
lema do movimento. A irreverência da reapropriação de uma palavra que carrega uma conotação tão negativa sugere o caráter subversivo da marcha. Estamos aqui para buscar a transformação do quadro de violência contra a mulher e a polêmica nos dá força para chamarmos a atenção da população brasileira para este problema histórico, que há tempos não recebe a devida atenção do poder público. Vivemos em uma sociedade que estimula  a violência contra a mulher. Os números da violência doméstica são alarmantes em 
todo o Brasil. As últimas pesquisas* publicadas revelam que o Brasil é o 7º país que mais mata mulheres em todo o mundo. O Paraná é o 3º estado em número de feminicídios. Essa é a nossa realidade e é para isso que queremos chamar a atenção. Ao gritarmos: “Eu sou vadia, e você?” reafirmamos que agora “vadia” virou sinônimo da mulher que luta e que não se cala diante da violência. É a nossa força de reação e o nosso poder de mobilização. Nossos polêmicos corpos à mostra escancaram a busca pelo fim da opressão. Chocamos a população? Sim. Esse é o nosso propósito e o grande questionamento que levamos para 
as ruas é: “Por que o termo vadia é mais chocante do que os números da violência contra a mulher”?
*Dados do Instituto Sangari

A movimentação o tempo inteiro muito bem organizada. Com pessoas indicando os caminhos a serem seguidos. Foram feitas várias paradas com discursos inteligentes, alertando sobre os maus, causas do machismo e consequências. Em Curitiba no dia 13/07/13 várias mulheres foram as ruas mostrar que saíram do papel de vítima através do machismo, para mostrar que sabem dos seus direitos como cidadãs conscientes. 
Professora de física.

Praça da Mulher Nua!

Concentração na Praça XIX de Dezembro


Ato de repúdio a possível lei que colocara um ônibus rosa para as mulheres em Curitiba.

Colocar um ônibus só para mulheres nos horários de maior número de passageiros só pioraria a situação das mulheres, pois ao invés de justiça, seria um ato de segregação, podendo haver danos maiores as mulheres.


Família reunida para a marcha, crianças conscientes.

É importante reafirmar que todo ser do gênero feminino tem o direito de escolher qual caminho tomar em sua vida, independente de família, cônjuge ou Estado. 

ATENÇÃO!!!!!!!!

Mesmo sendo um ato a favor da segurança e da dignidade da mulher este homem sentado ao centro da foto levou sua mulher e seus três filhos, uma menina, por volta de seus 13 anos e seus dois filhos pequenos, para vender figurinhas durante a concentração da marcha. Enquanto ele ficava sentado, sua filha e sua mulher tentavam vender figurinhas.


Tentando mexer com o estado emocional das pessoas que estavam ali presentes, este homem nada fazia enquanto sua mulher e sua filha trabalhavam. A menina eu não consegui fotografar, mas já a vi muitas vezes no Largo da Ordem vendendo doces nos bares tarde da madrugada.
E esta é a mãe, em pé, que trabalhava, durante a concentração da marcha. Fiquei muito revoltada, a questão da submissão da mulher vai muito mais além do que possamos imaginar. Além do ato de exploração da filha, teve também a questão da exploração da mulher. É uma grande questão a se refletir sobre a real situação de vida da mulher e qual é a perspectiva a qual ela tem como cidadã e oportunidades.

Este foi um dos fatos que me chocou no dia, além de vários homens passando pelo meio da praça lambendo os lábios ao ver várias mulheres reunidas. No meio da passeata alguns grupos de arruaceiros também passaram provocando como se fosse a exposição de um mercado de carnes. Até quando vamos ter que conviver com pessoas como estas? Que não respeitam umas as outras? Sem falar "nos boys" que estavam presentes na marcha, que se sabe que quando estão em meio a outros pseudos-homens, que afirmam e  concordam de que mulheres não passam de um envólucro a ser rompido e cheio de esperma.

 Início da Marcha.




primeira parada.



Angélica e eu, minha amigona da facul.









Participando e cantando ao som dos hits: Quem não pula é machista, Eu não sou miss, Se o Papa fosse Mulher, Vem pra Rua vem! Contra o Machismo, entre outros.







 Segunda parada, a Santa e a Passista, uma das paradas mais emocionantes, somos todxs feitos da mesma carne e queremos ser respeitadxs por isso.


Linda a interpretação das meninas, e o mais importante, a questão da violência contra a mulher negra, que é altamente sexualida somente pela quantidade de melanina em sua pele. Fatores históricos que ainda prejudicam a existência do outro. A fala delas incluiu a questão do mercado de trabalho, que pela colonização de Curitiba exclui somente pelo tom de pele.







Haviam muitas crianças participando da marcha, olha que lindas!


A luta por direitos feministas não é exclusivo de mulheres, é a união de existências a partir de ideias femininas. Direitos iguais a todxs, pois somos cidadxs do mundo!

 A maravilhosa Perola Sancchis, Miss Plus Size Gay Rio Grande do Sul, assim como muitxs, leva uma jornada muito bonita a favor de seus sonhos.

Foi uma Marcha maravilhosa! Vale a pena deveras gritar pelos direitos sim universais, pela vida e pela dignidade. Até o ano que vem!!!!