segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Walt Disney: A história da menstruação.




Audio em inglês, para ver a tradução ative a legenda!
Muito interessante a forma a qual é abordada a menstruação. E quanto as dores, a ideia que o vídeo passa é a de viver e não parar neste momento natural da menina que a acompanha pela vida inteira.

domingo, 15 de setembro de 2013

TIPOS DE VIOLÊNCIA COMETIDA CONTRA A MULHER

A violência contra a mulher pode se manifestar de várias formas e com diferentes graus de severidade. Estas formas de violência não se produzem isoladamente, mas fazem parte de uma seqüência crescente de episódios, do qual o homicídio é a manifestação mais extrema.
Violência de gênero

Violência de gênero consiste em qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado. A violência de gênero é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres, em que a subordinação não implica na ausência absoluta de poder.
Violência intrafamiliar

A violência intrafamiliar é toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental, ainda que sem laços de consangüinidade, e em relação de poder à outra. O conceito de violência intrafamiliar não se refere apenas ao espaço físico onde a violência ocorre, mas também às relações em que se constrói e efetua.

Violência doméstica

A violência doméstica distingue-se da violência intrafamiliar por incluir outros membros do grupo, sem função parental, que convivam no espaço doméstico. Incluem-se aí empregados(as), pessoas que convivem esporadicamente, agregados. Acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.
Violência física

Ocorre quando uma pessoa, que está em relação de poder em relação a outra, causa ou tenta causar dano não acidental, por meio do uso da força física ou de algum tipo de arma que pode provocar ou não lesões externas, internas ou ambas. Segundo concepções mais recentes, o castigo repetido, não severo, também se considera violência física.
Esta violência pode se manifestar de várias formas:
• Tapas
• Empurrões
• Socos
• Mordidas
• Chutes
• Queimaduras
• Cortes
• Estrangulamento
• Lesões por armas ou objetos
• Obrigar a tomar medicamentos desnecessários ou inadequados, álcool, drogas ou outras substâncias, inclusive alimentos.
• Tirar de casa à força
• Amarrar
• Arrastar
• Arrancar a roupa
• Abandonar em lugares desconhecidos
• Danos à integridade corporal decorrentes de negligência (omissão de cuidados e proteção contra agravos evitáveis como situações de perigo, doenças, gravidez, alimentação, higiene, entre outros).
Violência sexual

A violência sexual compreende uma variedade de atos ou tentativas de relação sexual sob coação ou fisicamente forçada, no casamento ou em outros relacionamentos.
A violência sexual é cometida na maioria das vezes por autores conhecidos das mulheres envolvendo o vínculo conjugal (esposo e companheiro) no espaço doméstico, o que contribui para sua invisibilidade. Esse tipo de violência acontece nas várias classes sociais e nas diferentes culturas. Diversos atos sexualmente violentos podem ocorrer em diferentes circunstâncias e cenários. Dentre eles podemos citar:
• Estupro dentro do casamento ou namoro;
• Estupro cometido por estranhos;
• Investidas sexuais indesejadas ou assédio sexual, inclusive exigência de sexo como pagamento de favores;
• Abuso sexual de pessoas mental ou fisicamente incapazes;
• Abuso sexual de crianças;
• Casamento ou coabitação forçados, inclusive casamento de crianças;
• Negação do direito de usar anticoncepcionais ou de adotar outras medidas de proteção contra doenças sexualmente transmitidas;
• Aborto forçado;
• Atos violentos contra a integridade sexual das mulheres,
inclusive mutilação genital feminina e exames obrigatórios de virgindade;
• Prostituição forçada e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual;
• Estupro sistemático durante conflito armado.
Violência psicológica 

É toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano á auto-estima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Inclui:
• Insultos constantes
• Humilhação
• Desvalorização
• Chantagem
• Isolamento de amigos e familiares
• Ridicularização
• Rechaço
• Manipulação afetiva
• Exploração
• Negligência (atos de omissão a cuidados e proteção contra agravos evitáveis como situações de perigo, doenças, gravidez, alimentação, higiene, entre outros)
• Ameaças
• Privação arbitraria da liberdade (impedimento de trabalhar, estudar,
cuidar da aparência pessoal, gerenciar o próprio dinheiro, brincar, etc.)
• Confinamento doméstico
• Criticas pelo desempenho sexual
• Omissão de carinho
• Negar atenção e supervisão
Violência econômica ou financeira

São todos os atos destrutivos ou omissões do(a) agressor(a) que afetam a saúde emocional e a sobrevivência dos membros da família. Inclui:
• Roubo
• Destruição de bens pessoais (roupas, objetos, documentos, animais de estimação e outros) ou de bens da sociedade conjugal (residência, móveis e utensílios domésticos, terras e outros)
• Recusa de pagar a pensão alimentícia ou de participar nos gastos básicos para a sobrevivência do núcleo familiar
• Uso dos recursos econômicos da pessoa idosa, tutelada ou incapaz, destituindo-a de gerir seus próprios recursos e deixando-a sem provimentos e cuidados
Violência institucional

Violência institucional é aquela exercida nos/ pelos próprios serviços públicos, por ação ou omissão. Pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso à má qualidade dos serviços. Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder desiguais entre usuários e profissionais dentro das instituições, até por uma noção mais restrita de dano físico intencional. Esta violência poder ser identificada de várias formas:
• Peregrinação por diversos serviços até receber atendimento
• Falta de escuta e tempo para a clientela
• Frieza, rispidez, falta de atenção, negligência
• Maus-tratos dos profissionais para com os usuários, motivados por discriminação, abrangendo questões de raça, idade, opção sexual, deficiência física, doença mental
• Violação dos direitos reprodutivos (discrição das mulheres em processo
de abortamento, aceleração do parto para liberar leitos, preconceitos acerca dos papéis sexuais e em relação às mulheres soropositivas [HIV], quando estão grávidas ou desejam engravidar)
• Desqualificação do saber prático, da experiência de vida, diante do saber científico
Referências bibliográficas
Ministério da Saúde. Violência Intrafamiliar: orientações para a Prática em Serviço. Brasília DF: Ministério da Saúde; 2002.

Rede Feminista de Saúde. Dossiê Violência contra a Mulher. http://www.redesaude.gov.br (acessado em 26/Julho/2006).

WHO (World Health Organization).World report on violence and health. Geneva: World Health Organization; 2002.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Parabéns Mauricio de Souza!

Por uma educação anti-sexista! Quanto mais cedo se aprende, melhor!

Valeu pessoal do Mauricio de Sousa Produções!

Edição nº 81 da Magali - Set/2013
Foto de Ju Li.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

2ºMA : Vídeo complementar do trabalho bimestral: Teste da Boneca no Brasil - Doll Test in Brazil


Teste no Brasil em que mostra a padronização da escolha das bonecas, uma caucasiana e a outra afro, se assimilam a questão da miscigenação brasileira. Tendo empatada a escolha entre as bonecas.
Parabéns aos alunos Aline, Érika, Gabriella, Jeferson e Larissa pelo trabalho pésquisado e argumentação na apresentação do seminário.

2ºMA : Vídeo complementar do trabalho bimestral: The Barbie Doll Test



2ºMA : Vídeo complementar do trabalho bimestral. Este vídeo mostra a escolha de crianças e a preferência sobre as bonecas a partir do perfil caucasiano, africano e latino.
Parabéns pelo trabalho aos alunos Aline, Érika, Gabriele, Jeferson e Larissa.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ensaio fotográfico mostra antes e depois de pessoas que sofreram bullying na escola

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Mas o que é que viu ele refletido em baixo? Observou-se bem — já não era uma desajeitada ave feia e cinzenta. Era igual às orgulhosas aves brancas ali ao pé: era um cisne!
Sentiu-se feliz por ter sofrido tantas dificuldades, porque agora dava valor à sua boa sorte e ao lar que finalmente tinha encontrado. “Os majestosos cisnes nadaram à sua volta e acariciaram-no com admiração com os bicos”.
(Trecho da fábula “O Patinho Feio”)
A princípio planejei iniciar este texto com a célebre teoria de Heráclito sintetizada pela máxima “só a mudança é eterna”, ou com uma adaptação da mesma teoria presente na canção de Lulu Santos (“nada do que foi será”). No entanto, achei que a citação do conto infantil fosse mais apropriada aos casos apresentados no projeto Awkward Years Project  (“Projeto Anos Difíceis”).
Idealizado pela designer gráfica americana Marilee, o projeto consiste em um ensaio fotográfico que apresenta pessoas que, no passado, sofreram algum tipo de bullying por sua aparência e hoje, já tendo superado tudo isso, posam para as câmeras mostrando fotos e se lembrando desse triste período de suas vidas.
A idéia surgiu quando uma amiga se recusou a acreditar que Marilee – hoje uma linda mulher – havia sofrido durante a juventude devido à sua aparência.
Na descrição, a autora comenta:
“Quero apresentar um grupo de pessoas que compartilham seus anos mais difíceis e mostrar o quão incríveis essas pessoas se tornaram. Este projeto é para todos vocês que estão lutando lá fora e para aqueles que amam observar o ‘antes e depois’ por meio de retratos.”
Veja algumas das fotografias abaixo:
Você pode conferir mais fotos – além do depoimento de cada uma dessas pessoas sobre esse “estranho passado” – no site do projeto. A propósito, Marilee é a garota abaixo:
É claro que não podemos ser hipócritas e dizer que estas pessoas “venceram o bullying” apenas por terem crescido, mudado e, assim como o Patinho Feio, terem se tornado “belas pessoas”. De certo modo, acreditar que isso apenas reforçaria o padrão de beleza imposto pela sociedade.
Entretanto, este ensaio fotográfico vai além. Na Introdução do projeto, a autora conta um pouco sobre o que passou:
“(…) infelizmente eu sofria bullying. Se não fosse por eu ser tão magricela, sofria pelos meus 4 olhos (óculos) ou minhas roupas fora de moda”
A idealizadora do ensaio ainda afirma que, quando criança, voltou para casa chorando várias vezes.
Através dessas fotos, Marilee nos mostra como o bullying deixa cicatrizes que podem incomodar mesmo após a superação desse trauma.
“Eu sei que a foto foi tirada há 20 anos, mas o passado ainda me afeta. É como a mentalidade das pessoas com excesso de peso que emagreceram, mas ainda se vêem com gordura. É assim que me sinto. Eu posso parecer normal agora, mas eu ainda me vejo como uma nerdestranha.”
Deste modo, o Awkward Years Project pode ser visto como um incentivo de superação aos que ainda sofrem com qualquer tipo de bullying, e pode mostrar que qualquer indivíduo sempre possui outras qualidades e talentos e que isso não depende do fato de ele ser um reflexo do que a sociedade espera dele.
Por fim, peço permissão pra encerrar este post com um videoclipe da banda de Punk Rock/Hardcore Rise Against. Na música “Make it Stop” (“Faça isso Parar”), a banda fala sobre o bullying focando, sobretudo, o preconceito em relação à homossexualidade. Contudo, acredito que a música também possa se relacionar com o tema deste texto – principalmente nos últimos segundos, quando vemos pessoas que “superaram” o preconceito afirmando: “It gets better” (“Fica Melhor”, em tradução livre).